sexta-feira, 6 de março de 2009

Diga não a violencia a mulher


Mulheres perdem medo de falar e denúncias de violência doméstica aumentam



Em Brazilia o número de chamadas para a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) aumentou 32% no ano passado em comparação com 2007. Segundo o coordenador da central, Pedro Ferreira, em 2008 foram feitos quase 270 mil atendimentos. A busca de informações sobre a Lei Maria da Penha, que aumenta a pena para os autores de violência doméstica, cresceu 245%.


A delegada Maria Angelita Romeiro de Lucena, da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher da Capital (São Paulo) disse que a maioria das mulheres ainda desconhece os rigores da Lei Maria da Penha e, em 40 % dos casos, tentam retirar a denúncia quando tomam conhecimento que o familiar denunciado será preso. Apesar disso, segundo a delegada, as mulheres estão mais conscientes de seus direitos e passaram a procurar com maior intensidade a delegacia. Com a Lei Maria da Penha, depois de ser denunciado, o agressor é preso e retirado do ambiente familiar. Ocorre que, pelos laços afetivos e até de dependência econômica, a mulher muitas vezes pede para que se retire a acusação; mas isso não é mais possível a não ser em juízo. Segundo ela, é muito importante que as mulheres estejam conscientes de seus direitos e denunciem qualquer tipo de agressão ou ameaça, e saibam que a lei está de seu lado. Angelita Romeiro de Lucena informa que, atualmente, 80% das denúncias que chegam à delegacia referem-se exatamente a crimes de lesão corporal e ameaça. Acrescenta que, a partir da vigência da Lei Maria da Penha, os casos de reincidência diminuíram em torno de 30% porque os agressores pensam duas vezes antes de praticar qualquer tipo de violência no ambiente doméstico.





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